RELATÓRIO DE CASO
RELATÓRIO DE CASO
Este artigo descreve o tratamento com alinhadores spark de uma paciente do sexo feminino com 13 anos, que apresentava uma classe ii divisão 1 causada por retrusão mandibular, perfil hipodivergente, apinhamento e constrição em ambas as arcadas, caninos posicionados ectopicamente, 6mm de overbite e uma curva de spee aumentada.
DR. ANDRÉ EL ZOGHBI*, FRANÇA
O Dr. André El Zoghbi (Dr. Z) obteve o seu diploma de dentista pela Universidade Libanesa de Beirute e o seu mestrado em Ortodontia e Ortopedia pela Universidade Paris VII de França. Após os seus estudos de especialização, completou um programa de investigação de 2 anos sobre biomateriais em Ortodontia no Instituto Nacional Francês de Investigação da Saúde (INSERM), seguido de um assistente assistente de quatro anos em Ortodontia na Universidade Paris VII, dando palestras para estudantes pós-graduados, juntamente com formação Clínica em Ortodontia no hospital do Hotel Dieu de Paris em Paris. Está estabelecido na sua clínica privada em Choisy le Roi, nos subúrbios de Paris, e já tratou mais de 2000 pacientes com Clear Aligners. Desde Janeiro de 2020 é um perito chave e orador para a Spark Clear Aligner.
Tendo em conta o padrão de crescimento classe II presente neste paciente, o objetivo de tratamento estabelecido foi o de corrigir a classe II através do avanço mandibular – biomecânica com elásticos de classe II – junto com retração do arco superior, enquanto a mordida profunda foi corrigida através da intrusão dos incisivos inferiores e extrusão dos pré-molares. Para além disso, também expansão foi planeada para corrigir a constrição das arcadas e criar espaços para corrigir o apinhamento.
Para a realização deste tratamento, foi planeado o seguinte no Approver: expansão de ambas as arcadas, aplicando torque radicular vestibular nos molares e pré-molares, desrotação (mesial out) dos 6s e nivelamento da curva de Spee. Para este nivelamento da curva de Spee, foi pedida uma intrusão dos incisivos e segundos molares, juntamente com extrusão de pré-molares. Além disso, depois de identificada a necessidade de overject suficiente para os movimentos planeados, foi realizada a proinclinação dos incisivos superiores com intrusão relativa. Tendo identificado uma transparência na superfície radicular dos incisivos inferiores, também foi pedido torque radiculo lingual nestes dentes. Em adição, os auxiliares utilizados para a aplicação da biomecânica de classe II foram botões em ambos os caninos e molares.
Os primeiros 4 alinhadores foram usados durante duas semanas cada um dado terem expansão planeada. Durante este período os elásticos não foram usados, para evitar contrariar a expansão programada. Depois, os 10 alinhadores seguintes foram usados de acordo com o protocolo de uma semana e a paciente começou o uso dos elásticos (3.5oZ) durante a noite e, após isto, durante todo o dia. Quando a paciente chegou aos alinhadores passivos, o protocolo de elásticos foi de 6oZ noite e dia, mudando-os a cada 12horas até a classe II estar correta.
No controlo após 8 meses, a paciente ainda precisava de um tip distal no dente 2.3, mas a mordida profunda, o apinhamento e a classe II foram corrigidas. A forma das arcadas obtida depois deste período foi a planeada: arcada Damon parabólica com constrição dos segundos molares e desrotação (mesial out) dos primeiros molares.
Aos 10 meses após o início do tratamento foi solicitado um refinamento com movimentos para corrigir o torque canino e a ponta, enquanto o paciente continuava a usar elásticos permitindo a sobrecorreção da mordida profunda induzida pela sobrecorreção da Classe I e mecânica dos elásticos.
O momento certo para o tratamento, juntamente com os protocolos de alinhamento eficazes e previsíveis, levou à realização de todos os objectivos em menos de um ano, provando que os alinhadores são uma alternativa promissora aos métodos convencionais.
*Dr. André El Zoghbi é um consultor da Ormco. As opiniões expressas são as do Dr. El Zoghbi. A Ormco é uma empresa que produz dispositivos médicos e não dispensa o acompanhamento clínico. Os médicos devem usar a sua experiência profissional para planear o tratamento dos seus pacientes.
